Veja dicas de saĂșde para se proteger no carnaval

Quem vai curtir o carnaval nos trios elétricos, blocos de rua e desfiles de escolas de samba deve ficar atento a alguns cuidados para garantir diversão até a Quarta-Feira de Cinzas (5). O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), por exemplo, pede cuidado redobrado na hora de usar lentes coloridas, colas para cílios, maquiagem com glitter, tinturas faciais e pomadas para modelar, trançar ou fixar cabelos, para evitar traumas e infecçÔes oculares.

A presidente do CBO, Wilma Lelis, ressalta que as pomadas fixadoras de cabelo lideram a lista de produtos que merecem atenção quando o assunto Ă© saĂșde ocular durante o carnaval. AlĂ©m de dor, pacientes que apresentaram problemas ao usar pomadas modeladoras relataram irritação e inchaço nos olhos e, em casos mais graves, atĂ© cegueira temporĂĄria.

“Infelizmente, pomadas com substĂąncias proibidas pela AgĂȘncia Nacional de VigilĂąncia SanitĂĄria (Anvisa) continuam chegando ao mercado e fazendo vĂ­timas, colocando em risco a saĂșde ocular de inĂșmeras pessoas, o que Ă© preocupante”, afirma Wilma.

A entidade orienta cuidado especial com produtos que possam causar queimadura quĂ­mica na cĂłrnea, como cola de cĂ­lios, tintas, sprays de espuma. Se houver exposição a substĂąncias corrosivas ou abrasivas, a indicação Ă© lavar os olhos, preferencialmente, com soro fisiolĂłgico em abundĂąncia. Em emergĂȘncia, a ĂĄgua corrente pode ser utilizada ao redor do olho. Posteriormente, deve-se procurar um serviço de oftalmologia para uma avaliação especializada.


Rio de Janeiro (RJ), 22/02/2025 – Bloco O baile todo anima o prĂ©-carnaval no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 22/02/2025 – Bloco O baile todo anima o prĂ©-carnaval no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil

Bloco O baile todo anima o prĂ©-carnaval no centro do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil – Tomaz Silva/AgĂȘncia Brasil

Crianças

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta os pais e cuidadores a escolherem blocos ou festas adequados para a faixa etåria da criança ou do adolescente.

O presidente da SBP, ClĂłvis Francisco Constantino, considera fundamental que os pais tenham uma conversa com os filhos antes de saĂ­rem para bloquinhos de rua ou festas.

“O diĂĄlogo Ă© muito importante para que as crianças e adolescentes entendam que existem riscos aos quais, muitas vezes, eles nĂŁo tĂȘm noção. Esse momento tambĂ©m mostra que os pais confiam em seus filhos. PorĂ©m, deve-se falar sobre nĂŁo consumir ĂĄlcool e outras drogas, alĂ©m de reforçar a orientação de nunca aceitar doces, balas ou bebidas de pessoas desconhecidas, por mais bem intencionadas que elas pareçam”, alerta Constantino.

A SBP recomenda ainda ficar pelo menos a 15 metros de distùncia de caixas de som, pois o volume elevado pode prejudicar a audição. Para aqueles com maior sensibilidade auditiva, a indicação é usar protetores auriculares.

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Rodovias

Antes de pegar a estrada para curtir o carnaval, a Associação Brasileira de Medicina do Tråfego (Abramet) reforça a importùncia do uso de cinto de segurança, de cadeirinhas apropriadas e a acomodação correta de bagagens e de animais de estimação. Em casos de colisÔes, os objetos soltos dentro do veículo podem ser arremessados sobre os ocupantes, causando ferimentos. Motociclistas devem usar sempre capacetes.

A associação também chama a atenção para a importùncia do bem-estar do condutor do veículo.

“O motorista deve ficar atento a possĂ­veis efeitos colaterais de alguns medicamentos que porventura for utilizar, e nĂŁo fazer uso de bebidas alcoĂłlicas nem de drogas. AlĂ©m disso, antes da viagem, quem vai dirigir deve ter uma boa noite de sono e, em trajetos longos, programar pausas para descansar”, diz o presidente da Abramet, Antonio Meira JĂșnior.

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O diretor científico da entidade, Flávio Adura, alerta para o risco do uso do celular ao volante. “Os riscos em sinistros de trñnsito quadruplicam quando se checa mensagens e aumentam em 23 vezes quando elas são digitadas. Se precisar usar o telefone, peça ajuda para o passageiro ou estacione em um lugar seguro”, orienta Adura.

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AGÊNCIA BRASIL