Nem Hugo resolve: duelo entre Vené e Mersinho é ‘avant premiére’ de 2026

É importante ter a oportunidade de coordenar a bancada federal paraibana. Dá experiência, certa notoriedade e uma chance de exercer liderança. Mas nunca foi algo em que se matasse ou morresse por isso. Desde que, claro, não se tenha uma eleição decisiva como pano de fundo. Por causa dela, portanto, o senador Veneziano Vital do Rego (MDB) e o deputado federal Mersinho Lucena (PP) estão travando uma disputa interna que raramente se viu dentro da bancada federal paraibana, e que já revela os sinais de quão acirrada será as disputas eleitorais de 2026.

Quem coordenar este ano irá ficar em evidência para construir simplesmente a lista de emendas que devem ser executadas em 2026, no ano da eleição em que cada um será candidato. No caso de Mersinho, quiçá a senador. Aí é que a disputa se acirra ainda mais. E, por isso, os dois querem ser o coordenador e não abrem mão dos seus votos.

O problema é que o jogo travou já que nenhum dos dois tem votos suficiente para se sagrar o escolhido. Vené lidera com votos do Senado e Mersinho da Câmara Federal. A regra diz que para ser escolhido tem que liderar nas duas casas. E aí? Nem Hugo Motta está conseguindo desatar este nó. Ele se comprometeu em votar em Veneziano para assegurar o apoio quando da eleição de Murilo Galdino (Republicanos), o atual coordenador. Mas não pode faltar a sua base de apoio político na Paraíba, onde ele está junto com Mersinho.

Para tentar acabar com o impasse, Murilo Galdino está chamando uma reunião para próxima semana. Vai colocar em votação. Se não der certo, vai sugerir que se escolha um terceiro nome que não seja nem um nem outro. Se não der certo, acontecerá o raro fenômeno da pequenina bancada federal paraibana ter dois coordenadores simultaneamente.

Se as eleições de 2026 fossem adiadas, o assunto rapidamente se resolveria.

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