Arte Produções celebra ano de trabalho

Para que O Maior São João do Mundo ocorra nos 38 dias de festejos, muitas mãos e cabeças trabalham incansavelmente. A festa que teve início de forma orgânica numa palhoça em 1983 e celebrou a criação do Parque do Povo em 1986, hoje cresceu e abrange o Parque do Povo, o Evaldo Cruz e os Distritos de Catolé de Boa Vista, Galante e São José da Mata, recebendo pessoas de todas as partes do mundo. Entre os profissionais dedicados a tornar a experiência dos visitantes cada vez melhor, está a equipe de marketing.

Diretamente envolvidos no trabalho de marketing do São João, estão 35 pessoas, a maioria desde a primeira edição administrada pela empresa cearense, outros foram somando forças ao longo dos anos. Pedro Aryell, gerente de Marketing da Arte Produções, comentou sobre como é feita a escolha dos profissionais: “A equipe de marketing tem composição bem diversa, e vai muito de acordo com habilidades pessoais e cultura interna da Arte Produções, mas de modo geral a maior tentativa é que a equipe tenha um conhecimento de cultura e a difusão dela em diversos âmbitos. Fomentar a cultura de São João, a cultura nordestina é primordial”, comentou.

A Arte Produções preza pela diversidade de gênero e raça, por isso formou um grupo pensando em representatividade, onde mulheres exercem funções de chefia e a igualdade racial é um pilar central. Dos 35 envolvidos no marketing, 24 são homens e 11 são mulheres. A equipe social media é toda feminina e a assessoria de imprensa também é comandada por mulheres. Monique Fernandes está à frente da Produção Geral e Iana Felício da Gestão de Produção Artística, Programação e Operações. O escritório em Campina Grande tem Lorena Martins Gestão de Produção Artística Local e Eventos Paralelos e o departamento financeiro é 100% feminino.

No quesito representatividade racial, homens negros exercem cargos de liderança em alguns setores, a exemplo do setor de eletricidade e estrutura. A manutenção d’O Maior São João do Mundo é chefiada desde a montagem por Nicolau Mamud Andrade Balde e o coordenador de elétrica é Jaderson da Costa Cavalcante.

Wellington Marcelino, ou Grillo, como é chamado, trabalha há 3 anos n’O Maior São João do Mundo com a Arte Produções, passou por várias funções e hoje está no Atendimento. Ele faz de tudo um pouco de acordo com as demandas de cada dia, chegando em PP horas antes do evento começar e indo embora apenas ao final. Para Grillo, o trabalho começou com o planejamento da edição, meses antes da abertura do São João, ele chegou com a equipe a Campina Grande em 5 de maio e só volta para casa dia 8 de julho.

O desafio de trabalhar longe de casa e o prazer de fazer parte dessa história
Como parte do pessoal vem de fora de Campina Grande e passa meses longe de casa, a saudade aperta e faz com que todos se aproximem, criando uma rede de apoio para quando as coisas ficam difíceis: “O maior desafio acredito que seja a distância da família. Naturalmente há um desgaste, mas nossa equipe sempre foi muito unida a ponto de amenizar essa distância e [criar] afeto. Nos apoiamos quando identificamos que o outro não está tão bem para que todos possamos deixar o máximo dentro do evento”, falou Grillo.

Apesar do sentimento de saudade, prevalece na turma a felicidade por trabalhar, cada um em seu setor, mas em total sinergia, para fazer o maior São João do país acontecer: “Acho que não poderia ser melhor, sempre tentamos extrair o melhor do outro diariamente. Eu particularmente sempre me dei bem com todos os setores, da nossa equipe tenho amizade com alguns desde antes da Arte e um sentimento muito grande por todos que conheci nessa época, a ponto de levar uma forte afinidade para fora do evento, para vida mesmo”, comentou o responsável pelo Atendimento.

E com o fim desta edição se aproximando, a nostalgia bate forte. A Rainha da Borborema e O Maior São João do Mundo ganharam o coração de todos: “O São João tornou-se um sentimento em cada um de nós. Apesar de ser um período específico no ano, quando ele chega ao fim não demora muito para comentarmos e lembrarmos da edição passada e já falarmos da próxima. Em Campina Grande, realmente entendemos a importância, são amizades e momentos que levamos para vida, a cidade respira o São João, e não demorou muito para fazer parte da nossa vida. São aprendizados e convivências que realmente marcaram e continuam marcando nossas vidas. Eu particularmente tenho uma gratidão gigantesca pelo São João de Campina Grande por diversos motivos. É algo tão cansativo, mas o sentimento de gratidão no final não se explica, o olhar e a energia do evento que reúne gerações, estilos musicais, culturas. É um sentimento que vai ficar no meu coração eternamente”, concluiu Grillo.

O prazer de servir ao público exige fôlego para trabalhar durante a madrugada
Não há como passar por Campina Grande e atuar neste São João sem ser intimamente tocado pelo colorido das bandeiras, pela explosão de alegria das juninas, pela energia dos shows do Parque do Povo e pelo receptividade calorosa dos paraibanos. O ciclo junino vai além de música e comidas típicas, ele é o melhor que produzimos enquanto nordestinos e extrai o melhor de quem nós somos como pessoas.

Trabalhando n’O Maior São João do Mundo há duas edições, Brenda Menezes está na Arte Produções há quatro anos como social media do evento, alimentando conteúdos durante todo o ano ininterruptamente. Para ela, o maior desafio também são os dias longe de casa, acrescidos da sensação de looping e exaustão que as atividades desempenhadas causam. Entretanto, a profissional se sente honrada em fazer parte da construção de tudo isso pelo valor inestimável que a cultura popular possui: “Para mim o São João é o resgate e a manutenção das nossas raízes. É emoção em pequenos detalhes, que somam para algo muito maior”.

Jucelio Araújo é produtor audiovisual e está há 3 anos nessa função, trabalhando diariamente, sendo respondeu por assinar diversos conteúdos marcantes, seja desde o lançamento até o aftermovie geral com o resumo de tudo que aconteceu em cada ano. Ele entende que a quantidade de dias de festa é o mais difícil de administrar – este ano foram 38 –, mas trabalhar com uma boa equipe e fazer parte da construção de uma festa tão importante traz um sentimento de realização: “⁠O São João significa muita coisa pra mim, mas o peso maior é a força da nossa região Nordeste, ver o quanto a nossa cultura é forte rica e expansiva faz ter bastante orgulho”.

*Texto: Gabryele Martins/Arte Produções


DA REDAÇÃO COM ASCOM