O caso da morte de Guilherme Pereira e Ana Luíza Bandeira, ocorrido em novembro de 2024, teve mais uma reviravolta. Durante uma entrevista exclusiva à TV Arapuan, um policial militar envolvido no caso assumiu ter disparado a arma que atingiu Guilherme antes do acidente fatal. O policial esclareceu que o disparo foi feito enquanto ele manobrava a viatura com uma pistola 9mm, e não com um fuzil, como inicialmente especulado.
Investigação Reaberta e Exumação dos Corpos
O caso, que inicialmente foi tratado como um acidente de trânsito, foi reaberto após a família de Ana Luíza alegar que os capacetes usados pelo casal apresentavam perfurações, possivelmente causadas por balas. Laudos periciais confirmaram que o disparo foi efetivamente dado em direção ao chão e que, como resultado, Guilherme foi atingido na cabeça, com a perfuração também no seu capacete. Em resposta, a Delegacia de Homicídios de João Pessoa reiniciou o inquérito, agora investigando o caso como duplo homicídio.
Em junho de 2025, os corpos do casal foram exumados e enviados para perícia. A análise revelou perfurações que indicam a ação de uma arma de fogo. A delegada Luísa Correia, responsável pela investigação, declarou que a Polícia Civil está trabalhando diligentemente para esclarecer todos os detalhes do caso e avaliar se houve falhas ou abusos durante a ação dos policiais envolvidos.
O Contexto da Perseguição e o Disparo
O policial, em serviço durante o incidente, detalhou os acontecimentos. Ele afirmou que avistou três motos que fugiam da viatura e decidiu interromper a fuga. Segundo o policial, o disparo foi dado em direção ao chão enquanto ele manobrava a viatura. No entanto, ele revelou que só decidiu falar publicamente após seu colega de farda ser erroneamente acusado de ser responsável pelo disparo. Esse erro, segundo o policial, motivou sua vontade de esclarecer os fatos.
Indiciamento e Medidas Administrativas
Após o avanço da investigação, a Polícia Civil indiciou o policial militar Tiago de Almeida Filho por duplo homicídio qualificado, levando em consideração sua participação na perseguição ao casal. Além disso, a Corregedoria da PM iniciou uma investigação preliminar, transferindo o policial para funções administrativas enquanto ele aguarda o resultado da apuração.
A morte do casal, inicialmente considerada um acidente de trânsito, agora segue sendo um caso complexo, com novos desdobramentos a cada dia. As investigações ainda estão em andamento, e novas informações podem surgir a qualquer momento.
Resumo da Notícia
- Caso de duplo homicídio envolvendo Guilherme Pereira e Ana Luíza Bandeira foi reaberto.
- Um policial militar assumiu ter disparado a arma em direção ao chão durante a perseguição.
- A exumação dos corpos revelou perfurações nos capacetes, indicando disparo de arma de fogo.
- Tiago de Almeida Filho foi indiciado por duplo homicídio qualificado.
- Corregedoria da PM abriu uma investigação preliminar e transferiu o policial para funções administrativas.