Investimentos em ciência e tecnologia levam a Paraíba à liderança de competitividade no Nordeste


Os investimentos em inovação, ciência e tecnologia garantiram à Paraíba o título de estado mais competitivo do Nordeste pelo segundo ano consecutivo, de acordo com o levantamento do Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). De 2019 até agora, o Governo da Paraíba investiu mais de R$ 700 milhões no setor por meio da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior. Entre os projetos estratégicos destacam-se a construção do Radiotelescópio Bingo – que conta com apoio financeiro do Estado – e programas de qualificação tecnológica.

Entre os indicadores avaliados pelo levantamento, a Paraíba se destacou na inovação, atingindo o 1º lugar do Nordeste e o 5º do Brasil, sendo o critério responsável por levar o Estado a esse patamar de competitividade. De acordo com o secretário da Secties, Claudio Furtado, isso aconteceu principalmente devido aos esforços do governador João Azevêdo em priorizar investimentos na área de ciência e inovação.

“Saímos de um período difícil em que a ciência não era prioridade em nível federal, mas, por outro lado, a Paraíba seguiu investindo de forma consistente em pesquisa, tecnologia e inovação. Com o passar dos anos, esse compromisso agora está trazendo resultados concretos, ou seja, com avanços significativos na competitividade e no desenvolvimento do Estado”, disse Claudio Furtado.

Para chegar ao resultado de inovação, o ranking avaliou parâmetros essenciais, a exemplo de investimentos públicos realizados em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), nos quais a Paraíba atingiu o 1º lugar no Nordeste e o 2º lugar na classificação nacional.

Esse resultado foi destaque na mídia nacional, em uma matéria publicada nesta quarta-feira (27) pelo Estadão, que evidencia o esforço por trás desse avanço. A reportagem ressaltou que a Paraíba alcançou a 11ª colocação geral no país, a melhor posição do Nordeste, impulsionada pelo desempenho em inovação e pelos investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento. O jornal também destacou projetos estratégicos, como a construção do Radiotelescópio Bingo e programas de qualificação tecnológica.

A criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, em 2023, consolidou as políticas de CT&I na Paraíba. A medida abriu caminho para programas de internacionalização, como o Paraíba Sem Fronteiras, que reúne mobilidade acadêmica, parcerias com países como China, Alemanha, Itália, França e Reino Unido, além de ações de incentivo à exportação.

A inovação também se reflete no apoio ao empreendedorismo tecnológico. Em João Pessoa, as instalações do Parque Tecnológico Horizontes de Inovação estão em fase final de construção. Enquanto isso, 36 startups participaram de programas de incubação presenciais e virtuais. Além disso, 50 projetos de empreendedorismo originados em favelas receberam apoio financeiro e mentorias por meio do projeto Empreendedorismo e Inovação nas Favelas.

Para além de tudo isso, a Paraíba se destaca ainda em pesquisa científica de ponta com a construção do Radiotelescópio Bingo, projeto que coloca o Estado em destaque em pesquisas internacionais. As descobertas sobre a origem do universo e da vida no planeta estarão disponíveis no Complexo Científico do Sertão, na Cidade da Astronomia, que inclui museu, observatório e planetário em Carrapateira, além de complementar pesquisas em paleontologia e arqueologia no Vale dos Dinossauros, em Sousa, no radiotelescópio de Aguiar e no museu em Cajazeiras.

Mas, quando se fala em investimento em pesquisa, também é necessário monitorar de perto para onde esses recursos estão indo e como eles fazem a diferença na academia. Foi com esse objetivo que surgiu o Sistema de Indicadores de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (SIDTec), plataforma digital desenvolvida sob demanda da Secties pelo Laboratório de Estudos em Modelagem Aplicada (LEMA), da Universidade Federal da Paraíba.

Recentemente, o sistema divulgou que a Paraíba registrou, entre os anos de 2019 e 2022, uma média de 44,34 titulações em programas de mestrado e doutorado, número superior às médias do Brasil (33,42) e do Nordeste (22,98). Além disso, o Estado também apresentou uma densidade superior de mestres e doutores, 2,48 titulados por 100 mil habitantes, frente à média nacional de 1,77 e à regional de 1,36.

Entenda o Ranking de Competitividade dos Estados

O Ranking de Competitividade dos Estados avalia as 27 unidades da federação a partir de 100 indicadores, reunidos em dez pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado e inovação. A iniciativa busca orientar gestores públicos na melhoria da competitividade e da gestão estadual, além de servir como referência para o setor privado em decisões de investimento.

Elaborado a partir de estudos acadêmicos e de experiências nacionais e internacionais, o ranking oferece uma visão comparativa entre os Estados, permitindo identificar pontos fortes e fragilidades em diferentes áreas estratégicas. Dessa forma, torna-se uma ferramenta prática tanto para o monitoramento de políticas públicas quanto para a atração de novos negócios.

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