O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (24) que ficou satisfeito com a breve e inesperada conversa que teve com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Além disso, destacou que o episódio abre novas possibilidades de diálogo futuro.
Encontro surpresa e boa impressão
Em entrevista coletiva com jornalistas internacionais, Lula contou que o encontro parecia improvável, mas se revelou uma surpresa positiva. Ele descreveu:
“Eu fui surpreendido porque eu tinha acabado o meu discurso, estava saindo, ia pegar as papeletas quando o Trump veio para o meu lado. Uma cara simpática, agradável, e eu acho que pintou uma química mesmo.”
Portanto, o presidente considera o diálogo inicial promissor e pretende dar continuidade às conversas.
Possível reunião futura
Embora ainda não tenha definido uma data, Lula sinalizou que um futuro encontro com Trump pode servir para discutir tarifas comerciais e sanções aplicadas pelo governo americano contra autoridades brasileiras. Segundo ele, o ex-presidente dos EUA pode alterar sua postura se receber informações corretas sobre o Brasil:
“Eu acho que ele está mal informado em relação ao Brasil e possivelmente isso tenha levado ele a tomar algumas decisões que não são aceitáveis na relação de dois países que têm relação diplomática há duzentos anos.”
Além disso, ao ser questionado sobre possíveis constrangimentos, como os enfrentados pelos presidentes Zelensky e Ramaphosa, Lula se mostrou confiante:
“São dois homens de 80 anos, não há por que ter brincadeira numa relação de dois homens de 80 anos. Vamos conversar como dois seres humanos civilizados.”
Agenda de Lula na ONU
Durante sua estadia em Nova York, Lula participou de diversos eventos importantes. Pela manhã, ele debateu a defesa da democracia ao lado de líderes de esquerda da América do Sul e do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. À tarde, discursou sobre preservação ambiental em uma plenária internacional.
Além disso, o presidente se reuniu bilateralmente com Volodymyr Zelensky, que afirmou estar disposto a dialogar com Vladimir Putin, embora apontasse falta de interesse do adversário em um cessar-fogo. Zelensky convidou oficialmente Lula para uma visita à Ucrânia.
Temas futuros e limites de debate
Lula também deixou em aberto a possibilidade de viajar aos Estados Unidos para um encontro presencial em Washington. Entre os tópicos, mencionou o acesso americano a minerais críticos brasileiros. No entanto, afirmou que não discutirá a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF por tentativa de golpe de Estado.
Resumo das notícias
-
Lula descreveu encontro com Trump na ONU como surpresa boa e química positiva.
-
Possível futura reunião pode tratar de tarifas comerciais e sanções.
-
Presidente brasileiro se mostrou confiante em manter diálogo respeitoso e civilizado.
-
Agenda em Nova York incluiu debates sobre democracia, meio ambiente e reunião com Zelensky.
-
Lula abriu espaço para futuro encontro em Washington, mas não discutirá condenação de Bolsonaro.
Clique aqui e receba notícias exclusivas do Paraíba.com.br através de nosso WhatsApp.
PORTAL PARAÍBA
