O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, classificou como “severa” e “injusta” a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada neste sábado (22). Em publicação na rede X, Kassab afirmou que a transferência do ex-presidente representa “mais um triste episódio nesta época tão turbulenta da política brasileira”. Ele também expressou solidariedade a Bolsonaro e destacou preocupação com o estado de saúde do ex-presidente.
As críticas também partiram do pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Malafaia afirmou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é uma “injustiça” e uma “perseguição política”. O pastor ainda alegou que a prisão funcionaria como “cortina de fumaça” para desviar atenção de denúncias envolvendo o Banco Master, citando suposto envolvimento de familiares de Moraes.
Malafaia contestou a legalidade do inquérito e voltou a criticar a delação do tenente-coronel Mauro Cid, alegando que o militar teria alterado versões por coação. Ele também rebateu a justificativa utilizada para o pedido de prisão, que mencionou risco decorrente da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro. “Convocar manifestação pacífica é motivo de prender o outro?”, questionou.
Governadores também se manifestam
As reações também vieram de governadores aliados. O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), afirmou que a prisão demonstra “insensibilidade do Poder Judiciário”, citando os problemas de saúde do ex-presidente. “Ao ex-presidente e aos seus familiares, minha solidariedade. Triste Brasil!”, publicou.
Ratinho Junior destacou que Bolsonaro já cumpria prisão domiciliar e que havia apresentado laudos médicos apontando estado de saúde “crítico”. Ele ainda lembrou que Bolsonaro enfrenta sequelas desde a facada sofrida em 2018.
As declarações seguem a linha de outros governadores alinhados ao ex-presidente. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que Bolsonaro é inocente e que “o tempo mostrará”. Já o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que está ao lado de Bolsonaro “em mais esse desafio”.
Decisão do STF
A prisão preventiva foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes com base na suposta violação da tornozeleira eletrônica e no “elevado risco de fuga”. O ministro mencionou a proximidade da residência do ex-presidente com a Embaixada dos Estados Unidos e a saída recente de aliados do país como fatores que reforçariam esse risco.
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