STF mantém regra que reduz aposentadorias por invalidez

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (18), em BrasĂ­lia, validar a regra da Reforma da PrevidĂȘncia de 2019 que reduziu o valor das aposentadorias por incapacidade permanente, a antiga aposentadoria por invalidez.

A Corte aceitou um recurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra uma decisão da Justiça Federal do Paranå que garantiu a um aposentado o pagamento integral do benefício.

Com a Reforma da PrevidĂȘncia de 2019, aprovada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a aposentadoria por invalidez passou a ser chamada de aposentadoria por incapacidade permanente e o cĂĄlculo do benefĂ­cio foi alterado. 

A aposentadoria por incapacidade decorrente de doença grave, contagiosa ou incuråvel deixou ser integral e passou a ser calculada com base em 60% da média aritmética das contribuiçÔes do segurado, com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição para homens e 15 anos para mulheres. 

A aposentadoria integral ficou vĂĄlida somente para casos de incapacidade permanente em decorrĂȘncia de acidente de trabalho.

Votação

O caso começou a ser julgado de forma virtual em setembro deste ano, quando o relator, ministro Luís Roberto Barroso (aposentado), aceitou o recurso do INSS para validar a regra da reforma que reduziu o benefício.

Após a realização de outras sessÔes virtuais e presenciais, o julgamento do caso foi concluído nesta quinta-feira.

Pelo placar de 6 votos a 5, o STF decidiu manter a redução da aposentadoria prevista na Reforma da PrevidĂȘncia por entender que deve prevalecer a mudança legislativa. Outro argumento utilizado foi o prejuĂ­zo que uma decisĂŁo favorĂĄvel aos aposentados poderia causar Ă s contas da PrevidĂȘncia Social.

Além de Barroso, votaram para manter a redução da aposentadoria os ministros Cristiano Zanin, André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux e Gilmar Mendes.

Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, FlĂĄvio Dino e CĂĄrmen LĂșcia votaram contra a redução.  

AGÊNCIA BRASIL