A Prefeitura de Campina Grande confirmou, nessa segunda-feira (22), o diagnóstico de raiva humana em um homem de 50 anos, que está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC). O paciente foi mordido por um sagui em setembro e não procurou atendimento médico após o ataque.
Segundo nota da prefeitura, apesar da gravidade do quadro, o paciente apresentou melhora em alguns parâmetros clínicos nas últimas 12 horas. Ainda assim, ele segue sob monitoramento intensivo e acompanhamento multiprofissional contínuo, conforme protocolos para casos neurocríticos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-CG), o homem está sendo acompanhado por equipes de infectologistas e clínicos, além de profissionais de terapia intensiva. O diretor de Vigilância em Saúde de Campina Grande, Miguel Dantas, destacou que o caso serve como alerta de saúde pública nacional.
“Ele tentou alimentar um animal silvestre e foi mordido. Após isso, não encontrou mais o sagui e não procurou atendimento médico, o que é um erro grave. O tratamento pós-exposição deveria ter sido iniciado imediatamente”, explicou Miguel Dantas.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, o Governo Federal acompanha o caso e deve encaminhar medicamentos específicos para o tratamento do paciente.
O homem está internado no HUAC desde a segunda-feira (15). No entanto, os primeiros sintomas surgiram no dia 10 de dezembro, com internação inicial no dia 13. Posteriormente, houve piora significativa do quadro clínico, o que motivou a transferência para a UTI.
Entre os sintomas apresentados na admissão hospitalar, estavam agitação mental e física, confusão mental, alteração do nível de consciência, aerofobia, falta de ar e queda na oxigenação do sangue.
Diante da insuficiência respiratória aguda associada à instabilidade neurológica, foi necessária a intubação e o início de ventilação mecânica invasiva. O quadro neurológico atual é considerado grave.
Atualmente, o paciente permanece em sedação profunda, com instabilidade da pressão arterial, sob cuidados intensivos e monitorização contínua da equipe multiprofissional do hospital.
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