O advogado-geral da UniĆ£o, Jorge Messias, disse nesta sexta-feira (4) que o governo federal vai demonstrar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o decreto editado pelo presidente Luiz InĆ”cio Lula da Silva para aumentar as alĆquotas do Imposto sobre OperaƧƵes Financeiras (IOF) estĆ” de acordo com a Constituição.
A manifestação de Messias ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes decidir levar o caso para conciliação e suspender o decreto de Lula e a deliberação da Câmara dos Deputados e do Senado que derrubou o ato do presidente.
O advogado-geral declarou que reconhece a proposta de diĆ”logo institucional promovida pelo ministro do Supremo.Ā
“A AGU valoriza a proposta de diĆ”logo interinstitucional sugerida pelo STF, reconhecendo-a como um espaƧo importante para a resolução de conflitos. Durante essa oportunidade, a Advocacia-Geral da UniĆ£o demonstrarĆ” a total conformidade dos decretos presidenciais com a Constituição, enfatizando seu adequado uso na condução da polĆtica econĆ“mica, cambial e securitĆ”ria do poder executivo federal”, disse.
Na avaliação de Jorge Messias, Moraes considerou “razoĆ”vel e plausĆvel” a argumentação da UniĆ£o sobre a separação de poderes entre o Executivo e o Legislativo.
“O voto do ministro-relator entende como razoĆ”vel e plausĆvel a argumentação da UniĆ£o sobre a violação do princĆpio da separação de poderes, conforme sustentado pela AGU. AlĆ©m disso, destaca a necessidade de esclarecer a dĆŗvida levantada pelo Congresso Nacional sobre possĆvel desvio de finalidade dos decretos presidenciais, especialmente em razĆ£o do carĆ”ter fiscal das medidas”, completou.
Decisão
A decisão de Alexandre de Moraes foi tomada na ação na qual o PSOL pretende anular as votações da Câmara dos Deputados e do Senado que derrubaram o decreto editado pelo presidente Lula e no processo no qual a AGU pediu que o decreto seja considerado constitucional.
A audiência de conciliação estÔ marcada para o dia 15 de julho.




