Câmara aprova projeto que proíbe descontos automáticos em benefícios do INSS

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base de um projeto de lei que impede descontos automáticos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. A proposta protege os beneficiários de cobranças indevidas feitas por entidades associativas, instituições financeiras ou sociedades de arrendamento mercantil.

Restituição dos valores descontados

O projeto determina que as instituições devolvam integralmente os valores descontados indevidamente em até 30 dias. Caso a empresa não realize a restituição, o INSS pagará o beneficiário e cobrará o valor da empresa posteriormente. Após a aprovação dos destaques, o texto seguirá para análise do Senado Federal.

O que pode ser descontado legalmente

Atualmente, os descontos autorizados incluem:

  • Imposto de Renda (IRPF) acima do limite de isenção;

  • Empréstimo consignado, autorizado pelo beneficiário, limitado a 35% da renda;

  • Cartão de crédito consignado, limitado a 5% da renda;

  • Pensão alimentícia, determinada judicialmente;

  • Revisão de benefício, em casos de pagamentos indevidos.

O que será proibido

O projeto veda descontos automáticos de mensalidades associativas e contribuições para clubes ou entidades não autorizadas pelos beneficiários. A medida pretende evitar prejuízos bilionários aos aposentados e pensionistas.

Contexto da tramitação

A proposta ganhou força após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, em abril de 2025, que investigou fraudes bilionárias com cobranças não autorizadas por entidades associativas.

Resumo da notícia

  • Câmara aprova projeto que proíbe descontos automáticos em benefícios do INSS;

  • Instituições devem restituir valores indevidos em até 30 dias;

  • INSS pagará e cobrará depois, se a empresa não devolver;

  • Descontos legais permanecem autorizados;

  • Projeto avança após fraudes investigadas pela Polícia Federal.

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