O ministro FlĂĄvio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta quinta-feira (19) um inquĂ©rito aberto em 2017 contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O magistrado seguiu pedido da PolĂcia Federal (PF) e parecer da Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR).
Segundo Dino, os sete anos de tramitação do caso representaram um âtranscurso de longuĂssimo prazoâ sem que fossem levantados indĂcios da prĂĄtica de crimes contra Calheiros.
A investigação mirava o suposto pagamento de propinas ao senador por meio de um esquema suspeito de contratos fraudulentos no fundo de pensão dos Correios, o Postalis.
O inquĂ©rito foi aberto em agosto de 2017 pelo ministro LuĂs Roberto Barroso a pedido do entĂŁo procurador-geral da RepĂșblica, Rodrigo Janot.
Conforme as suspeitas iniciais, o Postalis teria feito operaçÔes financeiras milionĂĄrias que envolviam a compra de papĂ©is de empresas de fachada que seriam geridas por operadores ligados a polĂticos do MDB.
Ao pedir o arquivamento da apuração, a PF considerou o tempo que o caso ficou aberto sem que fosse possĂvel levantar provas suficientes para formalizar um indiciamento, âa despeito dos consistentes trabalhos investigativos desenvolvidosâ.
JĂĄ a PGR afirmou no processo que as investigaçÔes ânĂŁo demonstraram que o parlamentar tenha sido o destinatĂĄrio final das vantagens indevidasâ, e que sĂł apontaram a influĂȘncia de Calheiros sobre o Postalis.
âCumpre ressaltar que a mera alegação de influĂȘncia polĂtica, desprovida de elementos concretos que indiquem sua instrumentalização para o recebimento de vantagens ilĂcitas, nĂŁo configura, por si sĂł, conduta apta a ensejar responsabilização criminalâ, disse a PGR.
Além de Barroso e Dino, inquérito passou também pela relatoria de Rosa Weber.








