Homem que atropelou e matou fisioterapeuta vai a jĂșri popular no Rio

O juĂ­zo da 1ÂȘ Vara Criminal da Capital decidiu que o influenciador Vitor Belarmino, acusado de atropelar e provocar a morte do fisioterapeuta FĂĄbio Toshiro Kikuda, em julho de 2024, serĂĄ submetido a jĂșri popular. A sentença foi proferida pela juĂ­za Alessandra Roidis, que considerou haver indĂ­cios para que o caso seja analisado pelo Tribunal do JĂșri.

“Julgo admissĂ­vel a pretensĂŁo punitiva estatal e pronuncio VĂ­tor Vieira Belarmino como incurso nas penas dos artigos 121, caput, do CĂłdigo Penal, 304 e 305 do CĂłdigo de TrĂąnsito Brasileiro, a fim de que seja levado a julgamento perante o Tribunal do JĂșri,” considerou a juĂ­za.

De acordo com a denĂșncia do MinistĂ©rio PĂșblico, no dia 13 de julho de 2024, por volta das 23h30min, FĂĄbio e Bruna, que tinham acabado de se casar, atravessavam a Avenida LĂșcio Costa, na altura do nĂșmero 17.360, no Recreio dos Bandeirantes, quando foram surpreendidos pela BMW dirigida por Vitor, que estaria em alta velocidade. O veĂ­culo atingiu FĂĄbio, que nĂŁo resistiu aos ferimentos e morreu na hora.

O casal tinha casado neste såbado 13 de julho e ia passar a lua de mel, num hotel na orla do Recreio, onde jå estavam hospedados. Depois de colocar as malas no quarto, decidiram ir até a praia observar o mar, quando foram atropelados pelo carro de Vitor Belarmino, que dirigia em alta velocidade, de acordo com a perícia técnica ele estava acompanhado de cinco mulheres. Ele fugiu sem socorrer à vítima.

“Portanto, uma vez comprovada a materialidade e indiciada a autoria, deve o acusado ser levado a plenĂĄrio para que os juĂ­zes naturais possam analisar a tese defensiva e decidir. A questĂŁo, desta forma, apresenta-se apta ao julgamento popular, pois, diante da probabilidade de o acusado ser o autor dos fatos, os jurados devem decidir o mĂ©rito da causa.”

Depoimento

Ao se apresentar Ă  Justiça, 10 meses depois de foragido, Vitor respondeu que somente agora a imprensa estava divulgando informaçÔes sobre o fato que considera “verdadeiras”.

“Foram divulgadas vĂĄrias notĂ­cias com informaçÔes falsas sobre o ocorrido. Agora, estĂŁo aparecendo fatos mais verdadeiros, revelados pela imprensa, diferente das mentiras que circularam tambĂ©m nas redes sociais”, disse.

Quando a magistrada perguntou se o depoente gostaria de dar mais alguma informação, o réu revelou estar surpreso por ser acusado de homicídio doloso [quando hå a intenção de matar].

 


AGÊNCIA BRASIL