Ministério do Turismo cancela cadastro da empresa Hurb

O MinistĂ©rio do Turismo cancelou o cadastro da empresa Hurb – Hotel Urbano Viagens e Turismo S.A., o que a impede de atuar no setor turĂ­stico. A agĂȘncia digital de viagens enfrenta denĂșncias por descumprimento contratual, alĂ©m de reclamaçÔes de consumidores na esfera administrativa e judicial.

A empresa tem 10 dias para apresentar recurso, contados a partir da publicação da decisĂŁo no DiĂĄrio Oficial da UniĂŁo no Ășltimo dia 14.

Por determinação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do MinistĂ©rio da Justiça e Segurança PĂșblica, a Hurb tambĂ©m terĂĄ que apresentar informaçÔes detalhadas sobre sua situação financeira. Foram exigidos o nĂșmero de contratos ainda pendentes, o valor total devido aos consumidores e a relação dos clientes afetados. Em caso de descumprimento, estĂĄ prevista multa diĂĄria de R$ 80 mil.

A Senacon considerou a atuação da empresa inviåvel dos pontos de vista operacional, técnico e financeiro. O órgão diz que foram 12 meses de tentativa de acordo para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

O secretårio Nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse que a Hurb teve todas as oportunidades para apresentar garantias mínimas de cumprimento das obrigaçÔes.

“A Senacon nĂŁo negocia com mĂĄ-fĂ©, omissĂŁo e desrespeito ao consumidor brasileiro, e a medida do MinistĂ©rio do Turismo Ă© necessĂĄria e coerente com os fatos”, disse Damous, em nota.

“O cancelamento do cadastro no Cadastur reforça que nĂŁo Ă© admissĂ­vel operar no mercado de turismo sem cumprir requisitos legais e respeito ao consumidor. A proteção ao cidadĂŁo estĂĄ no centro das polĂ­ticas pĂșblicas”, complementou o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Vitor Hugo do Amaral.

Em uma nota pĂșblica, chamada de “carta aberta ao mercado”, a Hurb disse que iniciou um diĂĄlogo com a Senacon hĂĄ mais de 15 meses, com o objetivo de chegar a um acordo, que atendesse viajantes impactados pela pandemia da covid-19. Mas diz ter sido surpreendida por um movimento que “pareceu mais polĂ­tico do que tĂ©cnico”, e que a Senacon “abandonou a mesa de negociação e partiu para o ataque”.

 

AGÊNCIA BRASIL