O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (26), que a defesa de Jair Bolsonaro esclareça, em até 24 horas, o uso de celular durante uma visita do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ao ex-presidente, então em prisão domiciliar.
A visita, que ocorreu em 21 de novembro, deveria seguir as regras já impostas judicialmente, incluindo a proibição de portar e usar celulares.
No último domingo (23), a deputada Erika Hilton (Psol-SP) enviou ao ministro uma notícia crime contra Nikolas. Ela relatou que, conforme imagens divulgadas pela TV Globo, o parlamentar foi flagrado usando o próprio aparelho celular durante a visita na residência de Jair Bolsonaro, onde ele cumpria prisão cautelar domiciliar.
Erika Hilton alegou que o uso de celular, nestas condições, desobedece a decisão da petição que, entre outras medidas cautelares, proibiu o uso de celulares por terceiros, na presença do ex-presidente.
O outro lado
Em sua rede social, Nikolas Ferreira se defendeu sobre o possível descumprimento da lei ao fazer uso de celular ao lado do ex-presidente, durante prisão domiciliar,
O parlamentar alegou que “não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular, nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização, durante a visita”.
Na nota de esclarecimento sobre o episódio da visita ao ex-presidente, ele classificou o uso do drone para filmar a residência do ex-presidente como uma “invasão grave de privacidade” em um “ambiente privado”. Nikolas Ferreira afirma que a atitude é “totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística”.
Por fim, diz que o episódio revela mais sobre a “conduta invasiva da emissora” do que sobre a conduta de quem foi filmado, segundo o parlamentar, clandestinamente.







