O ministro Alexandre de Moraes cobrou a polícia do Distrito Federal pela demora em levar o ex-presidente Jair Bolsonaro de volta para casa depois dos exames feitos no domingo (14). Ele determinou um prazo de 24 horas para que a corporação entregue um relatório completo sobre a escolta.
Nesse relatório, Moraes exige a indicação de qual veículo transportou Bolsonaro, tanto na ida quanto na volta. Além disso, ele solicitou os nomes dos agentes responsáveis pela escolta e a explicação de por que o transporte não ocorreu imediatamente após a alta médica.
Bolsonaro chegou ao hospital pela manhã e saiu no início da tarde. Ao deixar o local, ele permaneceu ao lado do carro da polícia penal por alguns minutos, enquanto apoiadores tiravam fotos e gritavam palavras de ordem.
O boletim médico informou que os médicos retiraram lesões de pele de Bolsonaro. Os exames também mostraram anemia e uma imagem residual de pneumonia, o que exigirá acompanhamento.
Moraes autoriza novas visitas
Na segunda-feira (15), Moraes autorizou novas visitas a Bolsonaro, que continua em prisão domiciliar. Ele liberou a entrada do governador Tarcísio de Freitas (29 de setembro), do deputado Rodrigo Valadares, do presidente do PL Valdemar Costa Neto e de líderes da oposição.
Pressão internacional
Enquanto isso, o governo de Donald Trump intensificou a pressão contra a condenação de Bolsonaro. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou que novas medidas serão reveladas na próxima semana.
Sem citar diretamente Moraes, Rubio atacou ministros do Supremo e os chamou de “juízes ativistas”. De acordo com ele, um magistrado tentou impor “reivindicações extraterritoriais contra os americanos”, o que gerou ainda mais atrito diplomático.
Resumo da notícia
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Moraes cobrou a polícia do DF pela demora na escolta de Bolsonaro.
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Ministro exigiu relatório em 24h com nomes e veículos usados.
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Bolsonaro fez exames, retirou lesões de pele e apresentou anemia.
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Moraes liberou visitas de Tarcísio, Valadares e Valdemar Costa Neto.
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Marco Rubio criticou ministros do STF e anunciou novas pressões