Moraes vota para tornar Bolsonaro e mais sete acusados em réus por tentativa de golpe de Estado

Sobre o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, Moraes alegou que há indício de autoria da minuta do golpe. Já sobre a acusação contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, Moraes afirmou que ele usou o cargo para atacar a Justiça Eleitoral.

Sobre a denúncia contra o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, Moraes citou que ele ajudou a amplificar as falas do ex-presidente Jair Bolsonaro contra as urnas eletrônicas. Moraes também votou por receber a denúncia contra o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, já que este confessou os crimes em delação premiada.

Ao falar da denúncia do general do Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Moraes rebateu o argumento da defesa. “A defesa cita que o general era contra o golpe, mas a denúncia deve ser recebida porque há elementos suficientes e razoáveis de autoria. A PGR demonstra que o acusado foi ao Palácio do Planalto quando foi apresentada a primeira vez a minuta golpista”, afirmou.

Sobre o general Walter Souza Braga Netto, Moraes afirmou que apesar da defesa sustentar que a Polícia Federal não quis ouvir o acusado, o general prestou depoimento, sim, em fevereiro de 2024. “Entendo que a PGR narrou de forma exata, concisa e detalhada os indícios de autoria de Braga Netto na organização criminosa, devendo ser recebida a denúncia”, disse Moraes.

Além de Bolsonaro, são acusados os ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça), além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Eles são acusados e podem se tornar réus pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

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