PGR defende que general Braga Netto siga em prisĂŁo preventiva

A Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) defendeu nesta terça-feira (20), em BrasĂ­lia, que o general Walter Braga Netto (foto) prossiga preso por tentativa de obstruir as investigaçÔes sobre a existĂȘncia de uma trama golpista no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Braga Netto estå preso desde 14 de dezembro, após ter sido acusado pela Polícia Federal (PF) de tentar atrapalhar as investigaçÔes, sobretudo, por tentar contato com o tenente-coronel Mauro Cid, delator do complÎ golpista. 

A defesa reiterou o pedido pela soltura após ele ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo caso. 

Para o procurador-geral da RepĂșblica, Paulo Gonet, contudo, o risco que ele atrapalhe a apuração dos crimes continua mesmo apĂłs a denĂșncia ter sido aceita. 

“O oferecimento de denĂșncia nĂŁo afasta automaticamente o perigo de interferĂȘncia indevida na instrução criminal, que sequer foi iniciada e cujo curso regular deve ser resguardado atĂ© a sua conclusĂŁo”, escreveu Gonet em manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. 

Braga Netto se tornou rĂ©u junto com o chamado nĂșcleo central do golpe, composto por Bolsonaro e ex-integrantes de seu gabinete ministerial, alĂ©m de outros assessores prĂłximos. 

NĂșcleo 1

Os oito rĂ©us que compĂ”em o chamado nĂșcleo crucial do golpe – o nĂșcleo 1 – tiveram a denĂșncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. SĂŁo eles:

Jair Bolsonaro, ex-presidente da RepĂșblica;

Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleiçÔes de 2022;

General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

Alexandre Ramagem, ex-diretor da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin);

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretårio de segurança do Distrito Federal;

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;

Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

AGÊNCIA BRASIL