A PolĂcia Civil de SĂŁo Paulo informou que identificou o mandante da morte do empresĂĄrio VinĂcius Gritzbach, assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande SĂŁo Paulo, em novembro do ano passado. O nome do suspeito, que estĂĄ sendo procurado pela polĂcia, ainda nĂŁo foi divulgado oficialmente.
Gritzbach era rĂ©u por homicĂdio e acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). No ano passado, ele havia assinado um acordo de colaboração com o MinistĂ©rio PĂșblico, entregando o nome de pessoas ligadas ao PCC e tambĂ©m acusando policiais de corrupção.
AtĂ© o momento, 26 pessoas foram presas por envolvimento no caso, dos quais 17 sĂŁo policiais militares e cinco, policiais civis. Os quatro outros presos sĂŁo suspeitos de ter alguma relação com o homem que foi apontado como integrante da facção criminosa e que teria atuado como âolheiroâ no dia do crime.
Nesta quinta-feira (13), o Departamento de HomicĂdios e Proteção Ă Pessoa (DHPP) deflagrou uma operação para cumprir novos mandados judiciais contra os envolvidos na morte do delator. De acordo com a Secretaria de Segurança PĂșblica, 120 policiais civis estĂŁo hoje realizando buscas em mais de 20 endereços de pessoas suspeitas de envolvimento com o caso.
De acordo com a Secretaria de Segurança PĂșblica de SĂŁo Paulo, as investigaçÔes permitiram que as equipes descobrissem novas provas e identificassem mais envolvidos no assassinato, o que levou a Justiça a expedir os mandados que estĂŁo sendo cumpridos hoje. A operação segue em andamento.
Tecnologia
A secretaria informou que a força-tarefa que trabalha no caso usou tecnologia de ponta nas investigaçÔes tal como o equipamento ForenScope 4K, que detecta fragmentos biolĂłgicos. TambĂ©m foi usada uma aparelhagem que fez o levantamento 3D de todo o local do crime. Esses equipamentos forneceram detalhes da trajetĂłria balĂstica, contribuindo para as investigaçÔes.
O primeiro identificado por participação no assassinato foi KauĂȘ do Amaral Coelho, que, segundo a polĂcia, atuou como olheiro no dia do crime, informando os atiradores sobre o momento em que a vĂtima saĂa do saguĂŁo do aeroporto. Coelho ainda nĂŁo foi encontrado, e a secretaria estĂĄ oferecendo R$ 50 mil por informaçÔes que levem ao suspeito. A namorada dele foi presa em janeiro.
No Ășltimo mĂȘs, a Corregedoria da PolĂcia Militar deflagrou uma operação contra policiais militares suspeitos de envolvimento no caso. Na ocasiĂŁo, foram cumpridos 15 mandados de prisĂŁo e sete de busca e apreensĂŁo. Dois policiais militares foram presos logo na sequĂȘncia. Entre os detidos, estĂŁo suspeitos de serem os atiradores e o motorista do dia do crime.
De acordo com a secretaria, as apuraçÔes correm sob sigilo, para não prejudicar os processos sobre o caso.