Todas as tipologias foram procuradas durante o 40° Salão do Artesanato Paraibano, que encerrou no domingo (29), em Campina Grande, no agreste da Paraíba. Por isso, cerca de 500 artesãos que participaram dessa edição histórica saíram satisfeitos do evento com as vendas, que renderam mais de R$ 2,7 milhões, superando o apurado de 2024. Realizado em 19 dias, o evento teve o tema “A arte de arrochar o nó”, com cerca de 500 artesãos, milhares de peças de todas as tipologias e um público de 90 mil visitantes.
O Salão do Artesanato faz parte do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), do Governo do Estado e é co-realizado pelo Sebrae/PB em duas edições por ano. A diretora do Conselho Deliberativo do Sebrae/PB e secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rosália Lucas, falou sobre a estrutura, o envolvimento dos artesãos e agradeceu aos visitantes por terem doado alimentos, além do prestígio à arte paraibana.
“Foram feitos muitos esforços para chegarmos a essa edição histórica. Agradecemos a todos que vieram, a essa doação de mais de 5 mil quilos de alimentos, que vai ajudar famílias e instituições de Campina Grande. O Salão é uma vitrine do Estado, realizado em duas cidades como um espaço de serviço e de negócios. Com a comercialização que chega por meio da política pública do artesanato, o artesão pode viver da sua arte, das suas mãos, da sua criatividade e sendo valorizado cada vez mais no PAP”, falou Rosália Lucas.
Para o gestor do projeto de Artesanato do Sebrae/PB, Jucieux Palmeira, a 40ª edição do Salão representa muito mais do que um marco numérico, devido à redução de uma semana no evento em comparação ao ano passado, e da superação nas vendas em mais de R$ 100 mil.
“Para nós, que realizamos o evento, é uma surpresa, mesmo sabendo que o artesanato paraibano está cada vez mais forte com tantas tipologias. A homenagem ao Manacamê, uma arte milenar, que vem sendo ensinada de pais para filhos, é um fruto da tradição, da criatividade, da força do nosso povo. Esse ano, essa tipologia ganhou ainda mais visibilidade, porque houve uma aposta firme numa capacitação para diferenciar o produto e fazê-lo circular mais”, comentou.
Já a artesã de Campina Grande, Benícia Henrique, falou que o trabalho com essa capacitação do macramê a fez retornar ao Salão, onde ela já não participava mais.
“Foi uma edição de homenagens e ótimas vendas. Eu estou deslumbrada porque fui resgatada e voltei ao salão com esses novos conhecimentos do macramê, a minha arte, com a qual eu me sinto muito realizada em fazer. E também é uma arte milenar, que hoje em dia está em alta em decorações, no comércio, nas lojas, nas vitrines e no vestuário. E tudo isso faz com que a gente crie expectativa de coisas melhores ainda que virão”, comemorou.
Jucieux Palmeira lembrou que o Sebrae/PB realizou três capacitações em um ano, em Campina Grande, João Pessoa e Araruna. Segundo ele, foi uma estratégia de consultoria que deu certo, porque houve uma análise dessa tipologia, que vem crescendo cada vez mais a cada ano, principalmente muito utilizada em decoração de interiores.
“Tivemos muitas outras tipologias e a praça da alimentação lotada todas as noites, com muitas atrações artísticas. Fechamos mais uma vitrine em Campina Grande, onde ganharam visibilidade a Paraíba e o Brasil, com a nossa arte tão forte que vem crescendo cada dia mais”, concluiu.